Atacante revela perdas financeiras, arrependimentos na carreira, bastidores com técnicos e jogadores, e fala sobre sua luta pessoal fora dos gramados
No episódio 139 do Canhão Podcast, o atacante Walter, com passagens por clubes como Internacional, Porto, Fluminense, Goiás, entre outros, abordou temas relevantes da sua trajetória profissional e pessoal. O jogador reafirmou seu desejo de continuar atuando no futebol, apesar dos desafios enfrentados nos últimos anos.
Entre os pontos centrais da entrevista, Walter revelou que enfrentou dificuldades financeiras após a separação conjugal e perdas significativas decorrentes de investimentos em criptomoedas. Segundo ele, caiu em um golpe e perdeu aproximadamente R$ 450 mil, valor que fazia parte das economias acumuladas ao longo de sua carreira. O episódio teve impacto direto em sua estabilidade financeira e o levou a repensar planos fora dos gramados.
Durante a conversa, também comentou sobre relações nos bastidores do futebol. Disse manter uma forte amizade com o atacante Hulk, do Atlético Mineiro, a quem se referiu como "um pai", por conta do apoio recebido durante um momento delicado da saúde de sua filha. Por outro lado, citou mágoas com profissionais como os técnicos Rafael Lacerda, Jorginho e Cristóvão Borges, com quem relatou desentendimentos.
Walter revelou ainda que é torcedor do Sport Recife e que teria realizado um sonho se tivesse atuado no clube. Por outro lado, falou com franqueza sobre a passagem pelo Santa Cruz, seu rival local, admitindo que se arrepende de ter saído do clube no momento em que acreditava estar pronto para voos mais altos. “Eu achava que já tinha estourado, mas me precipitei”, disse.
O atacante também revisitou momentos marcantes da carreira, como o acesso histórico com o CSA à Série A em 2018, classificando o feito como um dos mais especiais da sua trajetória. Além disso, destacou o carinho e o respeito que nutre pela torcida do Goiás, clube onde viveu uma de suas melhores fases técnicas e de identificação com a arquibancada.
Walter ainda falou sobre as dificuldades vividas na infância, no Recife, e mencionou episódios de fome e escassez. Em tom de desabafo, tratou da recorrente discussão sobre sua condição física ao longo da carreira. Ele lembrou as críticas relacionadas ao sobrepeso e disse que esse fator foi determinante para não ter sido convocado para a Seleção Brasileira. “O biscoito recheado, que muita gente usou pra me zoar, era o que eu tinha pra comer quando era criança”, comentou.
A entrevista completa está disponível no YouTube e Spotify, no episódio 139 do Canhão Podcast.